28 / 08 / 2023 - 15h27
"Estourou minha boca", "Me jogou no chão", "Chamou de hipopótamo": os relatos das vítimas.
O médico acusado de agredir fisicamente tanto ex-namoradas como funcionários do prédio onde mora e dos locais por onde passa, em São Paulo e no Rio, também cometeu ofensas verbais. Bruno D'Ângelo Cozzolino investiu contra mulheres, idosos e até contra um segurança contratado pelo prédio justamente para proteger os funcionários dos ataques dele.
 
O Fantástico apurou que existiram mais de dez agressões cometidas por Bruno Cozzolino, investigadas pelo Ministério Público paulista e pela polícia.
 
Zelador e síndico agredidos
A primeira agressão de que se tem notícia é de quando o médico partiu para cima do zelador do prédio onde mora, no Jardins, bairro nobre da capital paulista, depois que o síndico pediu que ele estacionasse corretamente nas vagas destinadas ao seu carro – o veículo ocupava quase quatro vagas do estacionamento.
 
No dia seguinte à agressão ao zelador, Bruno foi até o síndico do prédio, Flavio Oliva, acusar o funcionário agredido de ter tentado acertá-lo com um facão, e dizendo que inclusive registrou um boletim de ocorrência.
 
No entanto, Bruno foi questionado por Flávio, que disse que as imagens não mostravam o que ele dizia. Bruno, então, se enfureceu e foi para cima do síndico.
 
A discussão não terminou ali. Bruno saiu do prédio pela porta principal, mas no mesmo momento voltou correndo pelo portão de visitantes e chutou Flávio por trás. O síndico, então, correu atrás do médico, que o agrediu novamente.
 
No mesmo dia da discussão com o síndico, Bruno foi até o local de trabalho de uma mulher que já se envolveu com ele e diz ter sido agredida pelo médico. Ela conta que ele a procurou – ele já a perseguia desde abril, quando os dois se conheceram em um bar.
 
A mulher diz que naquele momento tinha apenas uma amizade com o agressor e não tinha a intenção de namorá-lo.
 
“E aí ele falou: ‘Você não quer namorar comigo porque você está com outro? Desbloqueia o celular’. ‘Não, não vou te dar o meu celular, não tenho essa obrigação’. Foi aí que ele me jogou no chão, começou a me chutar, me pegou, bateu na minha cara", contou.
 
"Na hora que eu cheguei no elevador, ele já conseguiu me pegar e me levou para dentro do apartamento de novo, entrei para o banheiro e foi aí que ele me empurrou, e eu torci a perna e machuquei o joelho.”
 
A mulher contou que a partir daquele momento começou a pensar o que precisaria fazer para se livrar daquela situação.
 
“Qual era o meu plano de fuga? Ele se acalmou, deitou na cama, tomou o remédio. E aí que eu fugi”, relatou.
 
 
“Ele começou a pegar o boné dele e me chicoteava, batia no corpo. Aí deu uma chicotada com o boné no meu rosto, e eu dei um tapa na cara dele e falei: ‘Você não vai fazer isso comigo’. Ele recuou e falou: ‘Você me agrediu’”, relembrou.
 
Fonte:  https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2023/08/28/estourou-minha-boca-me-jogou-no-chao-chamou-de-hipopotamo-os-relatos-das-vitimas-de-agressao-de-medico-de-sp.ghtml
 


28 / 08 / 2023 - 15h27
Publicidade